Lua Negra

Também chamada Lilith, é um ponto fictício na trajetória orbital da Lua ao redor da Terra; mais praticamente, trata-se do segundo foco da órbita lunar (o outro foco é a Terra), cuja posição é sensivelmente a mesma do apogeu lunar (ponto em que a Lua está mais afastada da Terra). Esse ponto não é fixo, desloca-se aproximadamente 40o por ano. A Lua Negra é um ponto altamente metafísico em um mapa astral. É de interesse principal para aqueles que buscam uma dimensão esotérica em Astrologia. Simboliza o oculto, o inconsciente, a parte que as pessoas não reconhecem facilmente nelas, a “sombra” no sentido junguiano do termo. Onde a Lua Negra se encontra é um polo de lucidez absoluta, de luz, tão ofuscante, tão intensa, que se pode querer recusar vê-la. Em seus aspectos dissonantes indicará um corte, uma falta, uma recusa, um vazio, e sempre representará no mapa astral de uma pessoa influenciada por ela alguma coisa incômoda e fascinante para os outros. (AUBIER, 1992, p. 256).

02/09/2012

Lua Negra



Lilith - the Dark Moon - Astrodienst
A Lilith, ou Lua Negra, utilizada atualmente não é um satélite da Terra, mas sim o apogeu lunar, como foi proposto (ou relembrado) por Don Néroman, na época em que Plutão foi descoberto.
Don Néroman é o pseudônimo do astrólogo francês Maurice Rougié, engenheiro de minas, que fundou o Collège Astrologique de France em 1933. Autor de mais de vinte livros, Neroman considerou que o sistema fundamental Sol-Terra-Lua, além dos corpos celestes, envolve elementos orbitais importantes em termos astrológicos: o foco vazio da órbita lunar (o apogeu lunar), que, segundo ele, os Antigos chamavam de Lua Negra ou de Lilith; e o eixo dos nodos lunares, que os Antigos chamavam de Dragão. O primeiro, do sistema Terra-Lua, e o segundo, do sistema Lua-Sol, sendo Lilith uma antena passiva e o Dragão uma antena ativa - ambos atuando fortemente em todos os seres vivos.
A órbita lunar é uma elipse que tem um dos focos no centro da Terra; a longitude do foco vazio dessa elipse, que coincide com o apogeu lunar verdadeiro, é a Lua Negra ou Lilith, conforme esse conceito de Néroman.
 
Devido a Plutão e Lilith terem sido descobertos na mesma época, devem ter qualidades astrológicas próximas - de forma que Lilith pode ser uma espécie de contraparte feminina de Plutão. Por ser o foco vazio da órbita lunar, a Lilith são associados sentimentos de falta, de perda, de ausência, de frustração, de coisas inexplicáveis ou insatisfatórias, que precisam ser melhor compreendidas - sempre no contexto do signo, casa, aspectos (com órbitas da ordem de 3º) e movimento, se direto ou retrógrado. O sentimento de vazio pode se manifestar como desapego, algo de natureza impessoal, ou como furto e corrupção. A Lilith também são associadas as ações compulsivas, quase obrigatórias, como um carma do passado, que à semelhança do segundo foco da órbita lunar é pouco compreendido, por não ser visível. No mesmo sentido, sendo Lillith a Lua Negra, a ela é associado o lado sombrio e escabroso da personalidade - que pode eclipsar o racional. Finalmente, como apogeu lunar, tem sido vinculada ao clímax das situações.
A Lilith, no geral, são associados a libido, os poderes ocultos ou não visíveis, o inconsciente e o subconsciente, assim como os movimentos de libertação da mulher - tudo concordando, de certa forma, com características e atributos de Lilith (ou das Liliths) de diferentes mitologias e religiões.
Em cartas de nações e de empresas, os significados de Lilith se adaptam ao coletivo. Por ter natureza próxima à de Plutão - regente de Escorpião, signo de Água, ligado ao emocional, Lilith possivelmente esteja melhor nos signos de Água, e pior nos signos opostos, de Terra. Seu ciclo zodiacal é pouco menor que nove anos.
Talvez, devido à insustentável Lilith de Sepharial, Lilith tem sido pouco considerada pela maioria dos astrólogos, diferentemente dos Nodos Lunares, que estão presentes em quase todas as cartas astrológicas. Mas, por sua importância, cada vez mais reconhecida, é possível que a descoberta de Lilith venha a ser incluída entre os fatos marcantes que ocorreram na época do descobrimento de Plutão.