Jean-Yves Leloup
ESSA É A HISTÓRIA DE LILITH, DAQUELA QUE FOI A PRIMEIRA MULHER DE ADÃO, ANTES DE EVA. DA MULHER QUE NÃO É PEDAÇO DO HOMEM, NÃO NASCEU DE SUA COSTELA. FOI CRIAÇÃO INDEPENDENTE DE DEUS, DO MESMO PÓ QUE O HOMEM. MAS LILITH ERA CHEIA DE SANGUE E SALIVA, REIVINDICOU SUA IGUALDADE, NÃO SE ADMITIU INFERIOR E SUBMISSA. REPRIMIDA, OPTOU E FOI RELEGADA À CONVIVÊNCIA COM O DEMÔNIO E EM SUA REVOLTA DECLAROU GUERRA AO PAI, NÃO DEIXANDO DESDE ENTÃO OS HOMENS EM PAZ.
Lua Negra
Também chamada Lilith, é um ponto fictício na trajetória orbital da Lua ao redor da Terra; mais praticamente, trata-se do segundo foco da órbita lunar (o outro foco é a Terra), cuja posição é sensivelmente a mesma do apogeu lunar (ponto em que a Lua está mais afastada da Terra). Esse ponto não é fixo, desloca-se aproximadamente 40o por ano. A Lua Negra é um ponto altamente metafísico em um mapa astral. É de interesse principal para aqueles que buscam uma dimensão esotérica em Astrologia. Simboliza o oculto, o inconsciente, a parte que as pessoas não reconhecem facilmente nelas, a “sombra” no sentido junguiano do termo. Onde a Lua Negra se encontra é um polo de lucidez absoluta, de luz, tão ofuscante, tão intensa, que se pode querer recusar vê-la. Em seus aspectos dissonantes indicará um corte, uma falta, uma recusa, um vazio, e sempre representará no mapa astral de uma pessoa influenciada por ela alguma coisa incômoda e fascinante para os outros. (AUBIER, 1992, p. 256).
26/10/2010
O Finito
Existe dentro de nós um desejo infinito que só o infinito pode preencher. E nosso drama é que pedimos às coisas finitas que preencham este desejo infinito. Pedimos o impossível e isso nos torna infelizes. Pedimos o infinito, a infinita segurança, a infinita realidade material. Pedimos a um homem, a uma mulher, o infinito amor e isso é muito para a finitude deles. Pedimos a uma religião a infinita verdade e isso é demais para uma religião. Porque as religiões são finitas, elas se transformam, elas passam. Só podemos pedir infinito ao infinito e não a um infinito exterior. Se escutamos o Sopro que está em nós, se somos vigilantes, conscientes da consciência que anima o universo, aproximamo-nos deste Eu Sou que pode apaziguar nosso desejo.