Lua Negra

Também chamada Lilith, é um ponto fictício na trajetória orbital da Lua ao redor da Terra; mais praticamente, trata-se do segundo foco da órbita lunar (o outro foco é a Terra), cuja posição é sensivelmente a mesma do apogeu lunar (ponto em que a Lua está mais afastada da Terra). Esse ponto não é fixo, desloca-se aproximadamente 40o por ano. A Lua Negra é um ponto altamente metafísico em um mapa astral. É de interesse principal para aqueles que buscam uma dimensão esotérica em Astrologia. Simboliza o oculto, o inconsciente, a parte que as pessoas não reconhecem facilmente nelas, a “sombra” no sentido junguiano do termo. Onde a Lua Negra se encontra é um polo de lucidez absoluta, de luz, tão ofuscante, tão intensa, que se pode querer recusar vê-la. Em seus aspectos dissonantes indicará um corte, uma falta, uma recusa, um vazio, e sempre representará no mapa astral de uma pessoa influenciada por ela alguma coisa incômoda e fascinante para os outros. (AUBIER, 1992, p. 256).

PERDÃO


A Pequena Alma e o Sol

de Neale Donald Walsch
Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus:
- Eu sei quem sou!
E Deus disse:

- Que bom! Quem és tu?
E a Pequena Alma gritou:
- Eu sou Luz
E Deus sorriu.
- É isso mesmo! - exclamou Deus. - Tu és Luz!
A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir.
- Uauu, isto é mesmo bom! - disse a Pequena Alma.
Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus (o que não é má idéia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É) e disse:
- Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?
E Deus disse:
- Quer dizer que queres ser Quem já És?
- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! - respondeu a pequena Alma.
- Mas tu já és Luz - repetiu Deus, sorrindo outra vez.
- Sim, mas quero senti-lo! - gritou a Pequena Alma.
- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira - disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou.
- Há só uma coisa...
O quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Bem, não há nada para além da Luz.
Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.
- Hã? - disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.
- Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. ‘Não seria um sol sem uma das suas velas... e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz - eis a questão’.
- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! - disse a Pequena Alma mais animada.
Deus sorriu novamente.
- Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão - disse Deus.
- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.
- É aquilo que tu não és - replicou Deus.
- Eu vou ter medo do escuro? - choramingou a Pequena Alma.
- Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.
- Ah! - disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.
Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exactamente o oposto.
- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é - disse Deus - Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, - continuou Deus - quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão. Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!’
- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? - perguntou a Pequena Alma.
- Claro! - Deus riu-se. - Claro que podes! Mas lembra-te de que ‘especial’ não quer dizer ‘melhor’! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!
- Uau - disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. - Posso ser tão especial quanto quiser!
- Sim, e podes começar agora mesmo - disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Alma - Que parte de especial é que queres ser?
- Que parte de especial? - repetiu a Pequena Alma. - Não estou a perceber.
- Bem, - explicou Deus - ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?
A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.
- Conheço imensas maneiras de ser especial! - exclamou a Pequena Alma - É especial ser prestável. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.
- Sim! - concordou Deus - E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz.
- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! - proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. - Quero ser a parte de especial chamada ‘perdão’. Não é ser especial alguém que perdoa?
- Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.
- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim - disse a Pequena Alma.
- Bom, mas há uma coisa que devias saber - disse Deus.
A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação.
- O que é? - suspirou a Pequena Alma.
- Não há ninguém a quem perdoar.
- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.
- Ninguém! - repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta.
Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados - de todo o Reino - porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer. Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar.
Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a Luz de cada uma brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.
- Então, perdoar quem? - perguntou Deus.
- Bem, isto não vai ter piada nenhuma! - resmungou a Pequena Alma - Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial.
E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.
Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:
- Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te - disse a Alma Amiga.
- Vais? - a Pequena Alma animou-se. - Mas o que é que tu podes fazer?
- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!
- Podes?
- Claro! - disse a Alma Amiga alegremente. - Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.
- Mas por quê? Porque é que farias isso? - perguntou a Pequena Alma. - Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?
- É simples - disse a Alma Amiga. - Faço-o porque te amo.
A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.
- Não fiques tão espantada - disse a Alma Amiga - tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançamos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançamos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincamos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau - fomos ambas a vítima e o vilão. Encontramo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos.
- E assim, - a Alma Amiga explicou mais um bocadinho - eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a ‘má’ desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.
- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? - perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.
- Oh, havemos de pensar nalguma coisa - respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.
Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma:
- Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?
- Sobre o quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.
- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! - exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar e a cantar: - Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!
Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.
- O que é? - perguntou a Pequena Alma.
- O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!
- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! - interrompeu Deus, - são todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos.
E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.
- O que é que posso fazer por ti? - perguntou novamente a Pequena Alma.
- No momento em que eu te atacar e atingir, - respondeu a Alma Amiga - no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento...
- Sim? - interrompeu a Pequena Alma - Sim?
A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.
- Lembra-te de Quem Realmente Sou.
- Oh, não me hei de esquecer! - gritou a Pequena Alma - Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.
- Que bom, - disse a Alma Amiga - porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.
- Não vamos, não! - prometeu outra vez a Pequena Alma. - Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva - a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.
 E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão. E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível.
E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza - principalmente se trouxesse tristeza - a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito.
Lembra-te sempre - Deus aqui tinha sorrido - não te enviei senão anjos!

Os Efeitos Psicossomáticos do Perdão
“Há quem goste dos olhos e os que gostam da remela!”, diz a ”sabedoria popular”. Há os que, salvaguardando as devidas proporções, assemelham-se a urubus enquanto outros se comportam como colibris. No que tange ao perdão - ao ato de perdoar ou não - cabe ainda a comparação com rosas e espinhos.

Quem opta por não perdoar é um colecionador de espinhos, fã da remela, consumidor de alimentos com data de validade vencida. Pois são estas as sensações, os valores, os perigos e as perturbações que a ira, o desejo de vingança e a raiz de amargura fazem germinar e frutificar em quem opta pelo não-perdão. Tais padrões limitantes de pensamentos, sentimentos e atos ferem quem os abraça, produzem cegueira e roubam da vida o encantamento. Abrem as portas para perturbações psicossomáticas, sobrecarregam e comprometem o bom funcionamento da mente e do coração, do corpo e da alma, e azedam os relacionamentos.

Manter estes sentimentos menores, mesmo que os tais nos acenem com aparentes “ganhos secundários” é optar pela remela em detrimento dos olhos, pelos espinhos em lugar das rosas, pelo padrão alimentar do urubu ou invés do atraente, aromático, suculento e adocicado cardápio do beija-flor. Sem dúvida, não são as melhores opções, temos a liberdade e o dever de fazer escolhas melhores.

Quem perdoa, entretanto, prefere se encantar com os cenários amorosamente criados e percebidos a partir de olhos bons, capazes ainda de energizar e iluminar todas as dimensões do corpo ou, como diria Jesus: ”Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso”. Olhos sem remelas!

Quem perdoa, abandona os espinhos e corre em direção às flores, assemelha-se a elas, despertando para a Vida em expressões de beleza, bondade e graça. À semelhança dos colibris, move-se pela vida nutrindo-se do aroma da Essência Divina, facilmente perceptível aos que carregam no peito um coração limpo. Ao declarar ”bem-aventurado os limpos de coração, porque verão a Deus”, Jesus está também afirmando que os que optam e praticam o perdão, como um modo de vida, tornam-se capazes de perceber expressões e manifestações da divindade em tudo e em todos; o limpo de coração, quando olha para o semelhante, é capaz de ”ver a luz ao invés do abajur”.

Quando perdoamos, faxinamos o coração e lavamos a alma, abrimos as janelas na direção de novos e reconfortantes horizontes, ao mesmo tempo em que nos libertamos das sombras com seus julgamentos, culpas e medos. Ao vivenciarmos o perdão, deixamos de desperdiçar preciosas e sagradas energias, até então insanamente utilizadas na geração de stress elevado e de nocivas batalhas mentais, verbais e até mesmo físicas.

Podemos justificar a opção pelo não-perdão com os mais lógicos e contundentes argumentos; com toda certeza, não nos faltarão argumentos! Entretanto, nenhum desses infindáveis argumentos nos beneficiará, trará paz ou nos fará melhores, pois manter o ressentimento, a ira e o desejo de vingança hospedados no coração, significa infligir uma crueldade igual ou maior àquela da qual acreditamos termos sido vítimas. Não perdoar é ser carrasco de si mesmo.

O perdão é joia preciosa, de rara beleza, com a qual presenteamos a nós mesmos. E não ao outro. É um ato de elevada generosidade e constitui imprescindível investimento em nossa qualidade de vida, saúde psicossomática e relacional. É um grito de independência em relação a quem nos mantemos acorrentados pelos grilhões da amargura.

Guardar ressentimento, ira e desejo de vingança, equivale a segurar uma brasa na mão com a intenção de jogá-la em alguém; é como perder precioso tempo procurando a serpente que nos inoculou seu peçonhento veneno. Ao sentirmos o incômodo de uma pedra no sapato, paramos, tiramos o sapato, livramo-nos da pedra e, confortavelmente, continuamos a caminhar. O não- perdão é uma pedra que carregamos no coração, que dificulta a caminhada e que faz sangrar a alma.

O mais atingido e prejudicado com a ausência do perdão é quem se recusa a perdoar e, óbvio, quem mais lucra é quem perdoa. Perdoamos alguém não pelo fato dele ser ou não merecedor de perdão, e sim porque merecemos contemplar a nós mesmos com esta divina dádiva, pois quem perdoa investe em si mesmo.

Há quem passe pela vida esperando alguma coisa ruim acontecer com quem lhe infligiu algum dano, entretanto, como já disse, isso equivale a segurar na mão uma brasa à espera do momento de arremessá-la, é manter no sapato a pedra que dificulta a caminhada. O sentimento de vingança se volta contra quem o hospeda podendo, dependendo da intensidade e da durabilidade, produzir perturbações irreparáveis. Portanto, perdoar é também um bom plano de saúde, pode trazer considerável economia com médicos e remédios.

O perdão libera espaço na mente e no coração para ser dedicado aos amigos, a quem amamos, pois, admitamos ou não, os inimigos são mais íntimos e mais presentes em nossos pensamentos e sentimentos dos que os amigos. Não perdoamos para nos sentirmos superiores, importantes, santos ou mais bonitos. Perdoamos para nos sentirmos libertos, em paz e saudáveis. O perdão é uma prova de amor a nós mesmos: quem se ama, perdoa.

Busque em Deus a força para perdoar, determinando-se a livrar-se do seu ressentimento e do seu desejo de vingança. Deseje simplesmente que Ele transborde de Amor o seu coração. Onde chega o amor, a dor, o medo e o ódio são despejados e, se existir amor, existirá perdão.

Se não for capaz de sozinho libertar-se dos ressentimentos, da ira, do desejo de vingança, busque ajuda através de um psicanalista, psicólogo ou psicoterapeuta de sua confiança.

Perdoar é fazer uma plástica na alma, é deixar o sorriso livre, é desatar as asas da paz e ser acolhido em si mesmo. É sentir-se abraçado pelo universo, por Deus, pelo Eterno Mistério. Ao perdoar, nos tornamos livres do passado, leves, no presente, abertos para o futuro. Expandimos o divino em nós, percebemos que Deus nos habita e que por Ele somos desde sempre perdoados.

O Perdão

(CCA – Centro para Cura de Atitudes)
O perdão é uma das palavras mais mal compreendidas da nossa época. Pela cura das atitudes ter este como um dos seus assuntos centrais, o CCA preocupa-se em esclarecer e aprofundar esse tema tão instigante. O perdão nos traz qualidade de vida, bem-estar e paz interior.

E por que necessitamos do perdão? Essa pergunta pode ser respondida de várias formas, mas uma delas atrai nossa atenção: para viver cada vez mais em nossas vidas o amor incondicional por tudo e todos que nos cercam. Através do processo de perdoar nos tornamos conscientes de que podemos fazer uma escolha entre dois sentimentos: o amor ou o medo. Onde o amor está não existe nenhum tipo de medo, seja em forma de ódio, ciúme, insegurança, dúvida, arrogância, vitimismo, etc. Porém, quando vivemos no medo escondemos a pura expressão desse amor que é a nossa essência. Por isso praticamos o perdão, para nos lembrarmos uns aos outros sobre nossa verdadeira identidade essencial, o amor.

Em nossas palestras e workshops costumamos dizer que o perdão é um caso de saúde pública. Sim, porque se a maioria praticasse o perdão, os hospitais estariam com certeza mais vazios, as pessoas seriam mais felizes vivendo em mais harmonia.

Não podemos abordar o processo de perdão com uma atitude arrogante. Você já viu aqueles que dizem: “Não tem problema o que ele fez. Eu já o perdoei, mas ele que não cruze na minha frente...”. Temos que ser honestos o suficiente conosco mesmos para admitir que ainda não perdoamos realmente, que na verdade não estamos perdoando - o perdão é, no fundo, sempre um auto-perdão. Na verdade devemos perdoar a nós mesmos por estarmos vendo aquela pessoa, evento ou instituição de forma equivocada.

Devemos também sempre nos lembrar que o perdão é um processo, não é um fim em si mesmo. Estamos sempre precisando perdoar algo, seja em nós mesmos, nos outros, nos eventos ou nas instituições. Portanto, tenha em mente que “hoje é um bom dia para perdoar”.

Perdão...

Nosso corpo é cerca de setenta por cento água. Nossos pensamentos tomam forma. São emoções, sentimentos, que ficam densos como a água. São as más águas. São as mágoas.
O erro sempre surge a partir do pensamento daquele que pensa. Então podemos dizer que somos responsáveis pelo que pensamos, e pelas conseqüências de nossos pensamentos. Ainda há a considerar que muitas vezes aceitamos o pensamento dos outros para nós mesmos. O que também incorre em erro.
Assim, vamos colecionamos mágoas. Então chegamos à conclusão de que podemos escolher de que forma queremos registrar cada evento. Qual sentimento que vamos agregar a cada fato percebido. E note que percebemos o tempo inteiro através dos cinco sentidos, que são nossos preceptores, nossos sensores, através dos quais sentimos tudo a nosso redor.
Então podemos escolher como vamos registrar cada percepção, ou seja: como queremos perceber o evento. Todos os sentimentos estão disponíveis à nossa livre escolha.
A partir de agora, então vamos escolher ver tudo e todos com amor. Não importa o que façam. Não importa o que aconteça. Nosso olhar vai ser sempre amoroso. Assim talvez como o de um pai que olha para o filho peralta quando esta aprontando alguma. Nosso olhar vai ser sempre amoroso. Porque sabemos que todas as peraltices vão passar. Não são reais, nem definitivas.
E com as velhas mágoas e sentimentos nocivos que trazemos guardados, vamos retornar à origem. Ao ponto exato em nossa memória onde o fato aconteceu. E, lá podemos escolher novamente. O fato percebido não vai alterar. Mas podemos alterar o sentimento que escolhemos na ocasião, e agora não queremos mais. É só mudar o olhar.
Vamos olhar tudo amorosamente. Olhar em nossa memória e: Onde houver tristeza que seja agora alegria. Onde houver mágoa, que haja boa água. E, assim, podes fazer da oração de São Francisco instrumento de sua própria purificação. E de retorno à alegria. E de retorno a felicidade. E de retorno ao amor.
Te ofereço o perdão. Para que em tendo o perdão saiba perdoar. Para que possas perder todas as mágoas. E em perdendo não as queira mais para si. Dê as mágoas perdidas. Dê o perdão a cada uma delas.
Te ofereço Um Milagre. Milagres proporcionam a força e as oportunidades para perdoar.


Prece do Perdão
Perdôo, livre e plenamente, a todos que, em qualquer época, me prejudicaram e a quem eu prejudiquei e o faço em caráter permanente.

Eu os abençôo sempre que vêm ao pensamento.

Ignoro o passado e dedico toda a minha atenção a um futuro glorioso de saúde, harmonia, prosperidade e paz perfeita.

Minha mente esta calma e serena e, nesta atmosfera de paz e satisfação que me envolve, sinto-me profundamente fortalecido e livre de todo o medo.

Sinto, também, agora o amor e a beleza da Presença Cósmica de Deus.

E tudo o que direciono aos outros de bondade e amor flui para mim em avalanche de abundância.

Dias após dia fico mais consciente do amor divino e tudo aquilo que é falso se desvanece.

Consigo agora que o rio Cósmico da prosperidade, da harmonia e do poder curador flua através de todo o meu ser.

Descanso, minhas preocupações nos braços da divina paz imutável.

Sou filho de Deus e também, um elemento divino.

Deus tem necessidade de mim exatamente onde me encontro, pois, ele guia meus passos.

Sei que aqui me encontro como expressão do Amor, da vida, da verdade e da beleza divino e também para fazer aquilo que me compete e assim contribuir com a humanidade.

Tenho sempre muito a dar; Amor, Alegria, Satisfação, Cura, Paz e Sabedoria a todas as pessoas, animais e elemento do Universo Divino.

Aqui me encontro para fazer com que a dádiva de Deus, existente em meu íntimo se manifeste.

Sou uma jardineira de vida no planeta e colho tudo o que planto com amor e sabedoria.

Meu espírito obedece às leis cósmicas sem nunca interferir no livre arbítrio do próximo.

Perdôo a mim mesmo por alimentar pensamentos negativos e destrutivos e dedico amor e satisfação a todos que me cercam.

Sei que perdoei a todos e que Deus perdoará a todos, por tudo o que me fizeram neste ou em qualquer outra encarnação mesmo que disto não tenha consciência.

Nada de desagradável ocorre e sinto-me então feliz e livre para usufruir as Dádivas Divinas.

Estou constantemente colhendo os frutos das maravilhas que plantei na minha mente subconsciente e Deus sempre manifesta tudo o que é de bom e útil ao seu propósito Divino.

Sou sempre divinamente guiado e esclarecido de tudo o que necessito saber, fazendo somente
o que Deus me permite fazer.

Vivo assim em Paz e em perfeita Harmonia com as Leis de Deus.